A NMO é uma doença neurológica autoimune grave que afeta principalmente o nervo óptico e a medula espinhal, caracterizada por episódios recorrentes de inflamação que podem levar a danos permanentes nos tecidos nervosos.
A neuromielite óptica (NMO) é uma doença neurológica grave que afeta principalmente o nervo óptico e a medula espinhal. Embora sua causa exata ainda não seja totalmente compreendida, acredita-se que a NMO tenha origem autoimune. Isso significa que o sistema imunológico do corpo ataca erroneamente os tecidos saudáveis do sistema nervoso central.
Na NMO, ocorre uma resposta imune inflamatória intensa e específica contra a proteína aquaporina-4 (AQP4). Essa proteína está presente em grande quantidade nas células que revestem os vasos sanguíneos dessas áreas do sistema nervoso central. A função da AQP4 é retirar água da circulação para hidratar as células nervosas.
A inflamação resultante desse desequilíbrio imunológico pode causar danos nos tecidos nervosos, interrompendo a comunicação entre o cérebro, a medula espinhal e outras partes do corpo.
Fatores genéticos e ambientais também podem desempenhar um papel no desenvolvimento da NMO, embora ainda não sejam completamente compreendidos. Algumas pesquisas sugerem que infecções virais, como o vírus Epstein-Barr ou o vírus da hepatite C, podem desencadear a resposta autoimune que leva à NMO em pessoas geneticamente predispostas.
A neuromielite óptica (NMO) se caracteriza por surtos e pode apresentar uma ampla variedade de sintomas, que podem variar em gravidade e duração. Os mais comuns incluem:
Os sintomas da NMO podem aparecer em surtos agudos ou se desenvolver gradualmente ao longo do tempo. Em alguns casos, os sintomas da NMO podem ser graves o suficiente para causar deficiências permanentes.
O diagnóstico da neuromielite óptica (NMO) pode ser um desafio, pois os sintomas podem ser semelhantes aos de outras doenças neurológicas. Além disso, a NMO pode apresentar diferentes padrões de sintomas em diferentes pessoas. Portanto, a definição diagnóstica da NMO requer uma análise criteriosa dos sinais e sintomas neurológicos, além de alguns exames laboratoriais complementares:
O tratamento para a NMO envolve o uso de medicamentos imunossupressores e imunomoduladores, que ajudam a reduzir a inflamação e o dano ao sistema nervoso central. Além disso, terapias para controlar os sintomas e prevenir surtos futuros também são parte do tratamento. Corticosteroides são frequentemente usados para tratar os surtos agudos de NMO, aliviando sintomas como perda de visão, fraqueza muscular e dor.
É importante que o tratamento da NMO seja gerenciado por um médico especialista em doenças neurológicas, personalizado para as necessidades individuais de cada paciente. O diagnóstico e tratamento precoce são cruciais para prevenir danos permanentes ao sistema nervoso central e melhorar o prognóstico da NMO.
O neurologista Marco Aurélio Lana Peixoto publicou o primeiro estudo sobre a prevalência da NMO na população brasileira. O levantamento foi realizado por meio do BCTRIMS (Comitê Brasileiro de Pesquisa e Tratamento em Esclerose Múltipla, em inglês).
A constatação é que o Brasil tem uma incidência de 4,5 casos por cada 100 mil habitantes, o que coloca o país como o segundo com o maior número de casos no mundo. Isso significa que há um caso de NMO para cada 4 casos de esclerose múltipla. Além disso, o estudo identificou que a neuromielite óptica é nove vezes mais incidente em mulheres do que em homens.
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