No Brasil, existem dois tipos de vacinas contra o vírus, com eficácia, indicações e tecnologias diferentes.
Dados do DATASUS revelam que, no ano passado, 127 mil brasileiros foram afetados pelo retorno do herpes zoster, um aumento de 568% em relação aos 19 mil casos de 2022. Nos primeiros dois meses deste ano, o vírus afetou 27 mil pessoas, três vezes mais do que os 9 mil casos registrados no mesmo período de 2023. Apesar disso, nenhuma das vacinas contra a doença está disponível no PNI (Programa Nacional de Imunizações) do SUS (Sistema Único de Saúde), tornando a imunização completa acessível apenas no mercado privado, com um custo que pode chegar a R$ 1,7 mil.
O herpes-zóster, também conhecido como “cobreiro”, é uma condição desafiadora causada pelo vírus varicela-zóster, o mesmo que desencadeia a catapora. Caracteriza-se pelo surgimento de lesões cutâneas, especialmente no rosto, pescoço e tronco, e sua prevenção é crucial para evitar o desconforto e complicações associadas. Felizmente, a ciência médica oferece meios eficazes de proteção através da vacinação.
No Brasil, duas vacinas estão disponíveis para combater o herpes-zóster: a Zostavax e a Shingrix. Ambas têm suas características e indicações específicas, oferecendo níveis distintos de eficácia na proteção contra essa condição debilitante.
Desenvolvida pela MSD, a Zostavax é uma vacina atenuada, o que significa que contém uma forma enfraquecida do vírus. É importante destacar que esta vacina não é recomendada para pessoas imunossuprimidas devido à sua composição. Sua eficácia na prevenção do herpes-zóster é de aproximadamente 51%.
Por outro lado, a vacina Shingrix, fabricada pela GSK, é uma vacina recombinante inativada. Isso significa que ela é composta apenas por uma proteína do vírus, a glicoproteína E, em combinação com o adjuvante AS01, sem conter o vírus ativo em sua formulação. Sua eficácia na prevenção do herpes-zóster é notavelmente maior, atingindo cerca de 91%.
As indicações para cada vacina variam de acordo com sua composição e eficácia. A Zostavax é recomendada para todas as pessoas acima de 50 anos, exceto aquelas imunossuprimidas, gestantes, indivíduos alérgicos a componentes da vacina e pessoas com tuberculose ativa não tratada. Por outro lado, a Shingrix é indicada para indivíduos a partir de 50 anos de idade e para aqueles imunocomprometidos ou com risco aumentado para herpes-zóster a partir dos 18 anos.
O esquema de dose também difere entre as vacinas. Enquanto a Zostavax é administrada em dose única, de forma subcutânea, a Shingrix requer duas doses, com um intervalo de dois meses entre elas, administradas de forma intramuscular.
Antes de se submeter à vacinação, é essencial considerar alguns cuidados. Por exemplo, as vacinas não devem ser administradas durante períodos de doença febril. Além disso, aqueles que já tiveram herpes-zóster devem aguardar pelo menos um ano após o episódio antes de receber a vacina.
Para a vacina Shingrix, pessoas com imunocomprometimento devem seguir precauções específicas, como iniciar o esquema de vacinação após transplante de medula óssea ou antes de procedimentos cirúrgicos, e administrar a vacina antes de iniciar terapias imunossupressoras.
Como qualquer vacina, tanto a Zostavax quanto a Shingrix podem causar reações adversas leves a moderadas. Por exemplo, dor no local da injeção, fadiga e dores musculares são comuns. No entanto, é importante ressaltar que essas reações tendem a ser passageiras e de baixa gravidade.
Embora as vacinas contra o herpes-zóster não estejam disponíveis no SUS, elas podem ser encontradas em serviços privados de vacinação. Os preços podem variar de acordo com o laboratório fornecedor, sendo importante pesquisar e consultar um profissional de saúde para orientações adequadas.
Em resumo, a prevenção do herpes-zóster é fundamental para preservar o bem-estar e a qualidade de vida. Com o advento das vacinas Zostavax e Shingrix, temos ferramentas eficazes para proteger nossa saúde contra essa condição debilitante. Consulte seu médico para mais informações sobre a vacinação e proteja-se contra o herpes-zóster.
O herpes-zóster é uma condição viral que afeta a pele e é causada pelo vírus varicela-zóster, o mesmo que causa a catapora. Esta condição pode se manifestar de várias formas e apresentar sintomas distintos. Os principais sinais e sintomas do herpes-zóster incluem:
É importante ressaltar que a gravidade e a duração dos sintomas podem variar de pessoa para pessoa, assim como a localização da erupção cutânea. O herpes-zóster pode ser uma condição debilitante, especialmente em pessoas com sistema imunológico comprometido, e geralmente requer tratamento médico para aliviar os sintomas e prevenir complicações.
Cadastre seu e-mail para que avisemos sempre que tivermos conteúdo novo em nosso site.
Lembrando que, para se inscrever, você declara concordar em receber nossos e-mails informativos.